terça-feira, 14 de junho de 2011

NOVO PERFIL DO ENGENHEIRO CIVIL E OS CANTEIRO DE OBRAS


Fonte:http://www.tce.pe.gov.br/orient-getores/doc-institucionais/cartilha-neg/Proc_obs.htm

NOVO PERFIL DO ENGENHEIRO CIVIL E OS CANTEIRO DE OBRAS

A implantação de Layout no canteiro de obra, a racionalização dos processos construtivos, o planejamento sistêmico, o controle e armazenamento correto de materiais, a padronização dos procedimento operacionais, a inovação tecnológica, a gestão da qualidade das obras (PBQP-H, ISO 9001), do meio ambiente (ISO 14000), eram itens que antes ficavam em segundo plano com relação a gestão das construtoras. Atualmente, estes itens, afetam diretamente a competitividade e o lucro das organizações e devem estar na agenda das incorporadoras e construtoras de obras públicas e privadas, sendo inclusive um fator de permanência no mercado.

Estas mudanças no cenário da engenharia civil e, consequentemente da gestão da produção das obras, exigem um engenheiro com perfil diferente do “tocador de obras” ou do “gerenciador”. Diante deste cenário, algumas mudanças ocorreram e irão ocorrer de forma mais rápida, provocando mudanças significativas neste novo perfil profissional do engenheiro e dos canteiros de obra. A seguir algumas mudanças e adequações deste nova conjuntura profissional:

1. ENGENHEIRO INOVADOR: Conhecimento de tecnologias construtivas, dos novos materiais convencionais e não convencionais e das inovações tecnológicas que estão sendo implementadas no setor. O engenheiro é o agente das mudanças tecnológicas dentro da obra e deve possuir conhecimentos sobre a tematica.

2. ENGENHEIRO FOCADO NO CLIENTE: Preocupação com custos, prazos, qualidade do produto final e grau de satisfação do cliente. A obra deve ser vista pelo engenheiro como um negócio que deve gerar resultados. Por isso a importância da visão sistêmica do engenheiro em relação ao negócio e resultados da empresa versus política de relacionamento com os clientes da organização.

3. PLANEJADOR: Planejamento prévio da obra, incluindo o projeto e implantação do canteiro de obras com Layout definido, domínio do plano de treinamento da equipe de produção periodicamente, controle da obra, dos suprimentos de materiais e equipamentos, contratação de mão-de-obra e gestão de terceirizados, controle da qualidade de materiais e processos, execução e entrega da obra em tempo hábil, são itens que devem ser atribuidos a competência de novo engenheiro.

4. Conhecimento das metodologias de SGQ, PBQP-H, ISO 9001, ISO 14000, dos sistemas integrados, do planejamento e controle de obras permitindo a utilização de ferramentas que permitem visão sistêmica, saber programar e controlar os serviços de execução obras de forma integrada com os processos da empresa. Estas metodologias, permitem o controle gerencial do progresso "Físico X Custos" da obra, permitem a tomada de ações corretivas e preventivas e a geração de indicadores de produtividade e de custos próprios da empresa que medem seu desempenho real e da qualidade dos produtos e serviços.

5. Domínio dos conceitos de SUSTENTABILIDADE: para possibilitar a correta implantação dos sistemas integrados de gestão da qualidade, SST e meio ambiente nos canteiros de obras e se adequar com as tecnologias de construção sustentável que envolve a eficiência energética, a economia de água, o conforto ambiental, o reprocessamento, o cooprocessamento, a gestão dos resíduos e as Boas Práticas construtivas.

6. HUMANISTA: competência para exercício da liderança, comunicação, negociação, trabalho em equipe, treinamento e motivação, com vista a gerenciar a equipe de produção e terceirizados, obtendo assim, melhor desempenho e, consequentemente, maior produtividade. Essas habilidades são essenciais em empresas construtoras, onde a implantação de novas tecnologias, processos e procedimentos operacionais padronizados, certificações tendem a ser a realidade nos canteiros de obras.

Dentro deste cenário, a construção civil terá um novo profissional preocupado com a qualidade final dos produtos e serviços, com o desempenho da empresa, com a sustentabilidade em obras, com a sáude e a segurança do trabalhador e consequentemente, com a qualidade de vida da população.

Por: Eng. Fábio Remy MS.c

ESTÁ FALTANDO ENGENHEIROS CIVIS NO BRASIL

A escassez de mão-de-obra especializada em uma economia que cresce sem parar como a do Brasil é um típico "bom problema". De acordo com um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país tem hoje seis engenheiros para cada grupo de 100 mil pessoas, quando eles deveriam ser pelos menos 25 por 100 mil habitantes para dar conta das vagas atualmente abertas, como mostra reportagem da VEJA.

A escassez de engenheiros é um problema para qualquer país, mas, no caso de nações em desenvolvimento com infra-estrutura maltratada, como o Brasil, a situação é mais crítica. Isso porque eles são mais necessários em um país que tem estradas, ferrovias, portos, fábricas e edifícios por fazer. Em um momento de crescimento econômico como o atual, essas obras começam a sair do papel – e aí os engenheiros e técnicos de alto nível passam a ser os personagens principais entre os agentes econômicos.

Fonte:http://www.abril.com.br/noticia/estilo/no_297271.shtml